quinta-feira, 16 de junho de 2011

Diário Hangar - Maio 2011


O episódio Dream Theater e a audição do Aquiles.

Cada vez que publicamos o diário de nossas aventuras costumamos receber várias mensagens de apoio e de consideração de pessoas que nos acompanham elogiando muito a sinceridade e a abertura que damos as pessoas de nos conhecerem como banda e também como indivíduos. Não escondemos praticamente nada e isto cativa muitos de nossos seguidores, fãs e amigos. Seguindo esse perfil, não poderia deixar de escrever sobre este episódio que marcou muito a nossa carreira, mais em particular a de um dos nossos integrantes mais queridos, o Aquiles.

Começo pelo ano de 1992. As paradas eram dominadas por grupos como Guns’n’Roses, Skid Row e até mesmo o Iron Maiden com a sua famosa “balada” Wasting Love. Eu vinha de outra geração, acostumada à repressão contra a música “pesada” que dividia o espaço com o “progressivo”, palavra que deixou de ser usada hoje ou foi substituída por “prog” ou “prog power”. As grandes bandas ainda eram o Led Zeppelin, Deep Purple, Rush, Yes, Pink Floyd, etc. Foi aí que li em uma Rock Brigade de 92 uma nota sobre uma banda nova dizendo exatamente assim: ”uma mistura de Metallica, Rush e Yes com uma sonoridade atual”. A nota não tinha mais que uns 10 centímetros e trazia uma foto da banda e os dizeres “Dream Theater”. Corri para a loja “Megaforce” e perguntei pela banda. O Ademir, dono do lugar, me trouxe uma “fita cassete”. Você que está lendo sabe o que é uma “fita cassete”? Na época não existia CD nem downloads e a internet comercial demoraria mais cinco anos pra chegar ao Brasil. Sai com a fita e escutei pela primeira vez o “Images and Words”. Eu já tocava e a entrada do DT na minha vida causou um impacto muito forte. A banda representava a modernidade para o som que costumava escutar de bandas dos anos 70, principalmente o Yes, que eu particularmente venerava. A abordagem moderna dos músicos, as letras inteligentes, os arranjos eram tudo que eu e vários amigos que se somaram na cidade gostavam de ouvir. A banda se tornou uma referência. Esta admiração seguiu durante os anos em todos os CDs lançados pela banda. Em 99, quando entrei para o Hangar encontrei o Michael, outro “dreamtheatermaníaco”. Embora não fosse uma influência tão clara para o Hangar, era inquestionável a admiração pela banda e seus músicos. Passamos a tocar um “medley” deles. Sim, os “medleys” já existiam para o Hangar desde 99, era um do DT e outro do Pantera. Não lembro bem mas acho que tocávamos “Pull Me Under, Metropolis e Under a Glass Moon”. Mais ou menos uns 12 minutos de música. Também tocávamos “Burning my Soul”. Assim como o Aquiles tem uma grande admiração por um baixista chamado Steve Harris, o contrário acabou acontecendo comigo, Mike Portnoy acabou se tornando um ícone pra mim durante estes anos. Ele representava tudo aquilo que o DT tocava. Chegou 2008 e o DT iria tocar no Brasil em três cidades e por escolha própria decidiria quem iria abrir os seus shows. Fiquei monitorando nosso email diariamente, até que apareceu lá o convite assinado pelo próprio Mike Portnoy, convidando o Hangar para tocar em março de 2008 no show em São Paulo. Lembro que sai falando alto pela casa, a emoção foi muito grande. No dia do show tive a oportunidade de conhecer os caras que sempre admirei. Rudess sempre brincando, sendo acolhedor. Petrucci na posição de “guitar hero”, falando sobre equipamentos com o Martinez, Myung simplesmente falando somente “Hi” e mais nada e o falastrão e aparentemente líder do grupo, Mike Portnoy, que me falou que adorava Iron Maiden assim como nós, que costumeiramente tocamos Iron em nossos shows. Neste dia inclusive o Aquiles entrevistou o Portnoy para uma revista nacional. O dia foi perfeito e o show mais ainda. Tive a oportunidade de levar o Lucas, meu filho, outro apaixonado pela banda a este show em São Paulo e nada como realizar o sonho de um filho. Ele saiu extasiado de lá ao ver seus ídolos tão de perto. Todo estes parágrafos iniciais ilustram um pouco do significado e das palavras seguintes.

Hangar e Dream Theater têm alguma coisa em comum?

No ínicio de setembro todos da comunidade musical tiveram a noticia surpresa de que Mike Portnoy estava deixando a sua banda. Quando li a “news” liguei imediatamente pro Lucas pra contar. Ele ficou muito chateado, mas enfim são coisas que acontecem e ficamos conversando sobre os porquês e afins de tal verdade. Passaram-se alguns dias e mais uma vez eu estava em casa tocando com o meu filho no estúdio e o assunto voltou a tona. Mas quem poderá substituir o cara na banda? Lembro que brincando falei: ”faz uns quatro ou cinco dias que o Aquiles não me manda e-mail, isso é estranho, tem alguma coisa no ar, rsrsrsrs”. Um deja vu de 2000 quando da entrada dele no Angra me subiu a mente... Viajei para Tatuí onde nos encontramos para os ensaios do acústico para e Expo 2010.

Todas as bandas tem altos e baixos, momentos legais e outros nem tantos. Em setembro estavamos em um impasse sobre o que tínhamos feito até o momento com a tour do Infallible. Quando se tem uma banda assim com uma estrutura como a do Hangar as coisas ou se tornam imensamente mais fáceis ou imensamente mais difíceis. Fazer metal no Brasil requer uma carga enorme de paciência, investimento e a resposta pode não ser a que você realmente merece. Isso é um fato. Naquela semana começamos a conversar sobre o futuro e eu tinha a sensação de que a nossa missão como banda já estava cumprida. Posições fortes sobre esta questão de sobrevivência no mercado... Temos famílias, obrigações e não somente a festa que as pessoas veem no palco. A esta altura depois de falarmos muito finalmente o Aquiles começou a falar. Quando ele disse: “vocês sabem que o Portnoy saiu do DT? Recebi um email...”. Enquanto o Aquiles tentava contar, nós não conseguiamos parar de rir. Um riso de satisfação, alegria, endorfinas a mil...

Por todos os problemas que falamos naquela noite a sensação após aquela notícia para mim era que “tudo tem um objetivo”. Talvez a banda tivesse que chegar até aqui para que outra coisa acontecesse mais adiante. Meu sentimento era de que “talvez estes 13 anos tivessem sido exatamente para vivermos este momento” e que se tudo terminasse ali teria valido muito a pena.

A noite foi pequena para a banda em Tatui. Conversamos muito sobre o que iriamos fazer e acabamos indo comemorar em um bar na cidade onde faltaram cervejas e “sex on the beach”. Naquela altura do campeonato ninguém tinha a exata noção de como seria a audição e quantas pessoas eles chamariam. Eu imaginei que seriam dois ou três nomes, o que elevaria consideravelmente a possibilidade do Aquiles ser chamado. Traçamos alguns objetivos e decidimos deixar o tempo passar pra ver o que iria acontecer. Desmarcamos alguns compromissos e deixamos o Aquiles a vontade para estudar e ensaiar as três músicas da audição. Nada seria mais importante do que o futuro dele naquele momento. Uma das coisas que carrego comigo e espero que a banda sempre pense assim, é que a amizade e o respeito venham em primeiro lugar. Visualizar a consolidação da carreira de um de nós de maneira grandiosa seria um grande feito e orgulho para todos, que começamos pequeninos lá nas nossas garagens a “brincar de rock”. Durante a Expo lembro que estávamos eu, o Aquiles e o Rafael Dias do Batera Store saindo da casa do Aquiles de carro e ele recebeu um email do Petrucci. O primeiro contato de um membro da banda. Após a Expo, em setembro marcamos somente um show no inicio de novembro e deixamos o Aquiles completamente à vontade para estudar.

Embora quase que isolado em Tatuí estudando, mantive contatos esporádicos para saber como ele estava e a expectativa. O visto não saia nunca e mesmo com a confirmação por carta da produção do DT e da gravadora. A solução foi um agendamento em Recife cinco dias antes da viagem, já confirmada com passagem e estadia. Este momento de stress com certeza foi pesado.

Ficamos meses sem poder falar abertamente sobre este assunto. Além da minha família, apenas o Rafael Dias e o Marcelo Rodrigues (outro grande amigo e DTmaníaco) e o Michael Polchowicz ficaram sabendo da novidade. Mesmo assim era algo dificil de esconder, na Expomusic o boato foi espalhado por muita gente, mas nunca confirmado. No dia da audição, exatamente na hora precisa lembro que o meu filho me ligou e disse “não vai ser fácil, mas o Aquiles é um “cara de banda” e não um cara de “clínicas”, e ele merece por toda a sua história e somos poucos mas estamos aqui torcendo como se não houvesse amanhã...”. Eu desliguei o fone e pensei: “mas de onde este “guri” tirou esta frase???” Vai ver herdou alguma coisa do pai... hauhua.

Após uns dois dias da chegada do Aquiles no Brasil ele passou um email contando a experiência. Um email com varias páginas, extenso, como ele não costuma fazer, geralmente prefere mensagnes curtas e objetivas. Entendi aquilo como um desabafo , ele precisava contar a experiência. Depois no telefone ele admitiu que já sabia que não seria ele. Que ele não havia se sentido confortável tocando os novos Odd time signatures, etc...Nestas horas lógico que a pessoa sente o momento e sabe se existiu a química perfeita ou não.

Abril e os vídeos

Seria redundante falar sobre os meses que se seguiram após outubro e novembro. Na real pelos indícios e notícias todos da banda e do mundo musical lá fora já sabiam que o provável indicado seria o Mike Mangini. Isso ficou bem evidente após a Namm em janeiro de 2011. Nestes meses uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a imensa corrente positiva que se fez em torno da escolha do Aquiles. Muitas pessoas calcadas nos boatos aderiram a campanha pró Aquiles no DT. Isso foi muito positivo. Pessoalmente achei a edição dos vídeos de acordo com o resultado, embora um pouco injusta com alguns bateras, mas isso com certeza com o passar do tempo irá ser ajustado quando mais imagens vierem a tona.

Como toda árvore que se planta e dá frutos, resta ao Aquiles colher os frutos da experiência que com certeza se estenderão para sempre na sua carreira e à banda, tentar fazer um bom suco de gosto doce a aprázivel com estes mesmos frutos. Não há como não se orgulhar desta experiência. Para a banda foi um momento marcante. Sempre falamos que se acontece algo para um de nós é como se acontecesse para si próprio. Nos colocamos no lugar do outro e sentimos e vibramos com nossos avanços, sentimentos, vontades e vitórias. Neste episódio não foi diferente.

A vida continua, ao alto e avante.

Seguimos adiante com os shows e chegamos ao Rio de Janeiro no dia 07 de maio. Muita gente já tinha me falado que o Rio vive uma crise de shows com a falta de lugares apropriados para os eventos. Nosso show aconteceu na Lona Cultural de Campo Grande, cerca de 30 ou 40 km distante do centro da cidade. Fomos acolhidos com muito carinho pelo pessoal da produção. O Bruno Borurguignon e sua equipe foram maravilhosos. Ficamos em uma pousada muito legal próxima ao local do show e rolou tudo tranquilo. Tivemos a oportunidade de reencontrar nossos amigos William , Joyce, Jorge Henrique, Dingo, Victor e Fernandinha. O William passou o dia conosco, pois mora muito perto. Ele ajudou a encontrar uma lan house para imprimir o set list. Acompanhou todo o processo da chegada até a hora de irmos embora. Fizemos um grande show para nossos amigos cariocas e esperamos em breve poder voltar à cidade.

Bebedouro

Dia 13 viajamos para Bebedouro onde realizamos um workshow no Teatro Municipal da cidade. Aqui cabe um parêntese. Cada vez mais estamos desbravando os teatros das cidades. Teatros municipais e do Sesc já tornaram-se uma constante na nossa agenda, o que faz a gente muito feliz. É mais uma conquista para o público de metal que consegue ver e ouvir um show com comodidade e qualidade. Fomos recebidos pelo grande amigo Rodrigo “Ganso”, vocalista da banda VersOver. Montamos todo o set e o público compareceu em grande número para o evento. No final o Rodrigo, a exemplo do que já havia acontecido na cidade de Catanduva, subiu ao palco e cantou “Master of Puppets” conosco. Uma grande festa.

Virada Cultural Paulista

Pelo quarto ano consecutivo fomos convidados a participar da VCP. Estivemos duas vezes em Caraguatatuba e uma vez em São Bernardo do Campo. Nas outras vezes dividimos o palco com o Sepultura e o CPM22. Recebi a carta convite para o evento deste ano e a cidade que nos esperava seria Presidente Prudente, a cerca de 500 quilômetros da capital. Com o passar do tempo comecei a ouvir rumores de que a banda que iria tocar conosco seria o Angra. Um mês depois recebi a confirmação. Lembro que estava no EMT em São Paulo e na saída encontrei o Rafael Bittencourt e após os cumprimentos normais falei para ele que as duas bandas iriam tocar juntas em maio e que seria legal que isso enfim acontecesse. Assim que falei isso a expressão dele mudou um pouco e ele ficou meio sério. Acho que ele não sabia desse show. Enfim, achei legal levar a informação embora não esperasse uma reação tão fechada. Após a liberação da noticia nos sites houve uma grande ocupação por parte dos fãs pelo encontro das duas bandas, em especial do Aquiles e do Fábio com o restante da banda que eles participaram por vários anos. Todos sabem os motivos e as causas do que isso representa. Na verdade nós não nos preocupamos muito com isso, apenas nos preparamos para um show que sabiamos que iria passar da casa das dez mil pessoas e como sempre levamos todo o nosso equipamento para evitarmos surpresas. Saímos de Bebedouro por volta das 3 da manhã e chegamos a Prudente às 8 horas. O palco já estava montado e pontualmente às 9h os carregadores chegaram e começamos a descer nosso equipo do Infallibus. Uma das coisas que eu tenho que valorizar é a nossa organização em dias de shows. É muito legal ver nosso equipamento em cima do palco completamente coberto por cases azuis com o logo “H” pintado em todos os lados e nossa equipe toda uniformizada com camisetas da “Infallible Crew”. Isso causa um certo impacto quando visto do lado de fora da banda. E foi o que aconteceu esse dia. Recebemos muitos elogios e total apoio da equipe da VCP local. Lembro que achei um papel atirado no chão na área verde entre o palco e os camarins e fiquei procurando uma lixeira. Acabei encontrando-a e minutos depois um senhor se dirigiu até mim e falou: ”fiquei observando e vim te dar os parabéns”. Não entendi nada e ele completou: “vocês chegam aqui, dão um show de organização e você que é um dos músicos da banda ainda fica procurando uma lixeira pra não deixar um papel no chão. Eu sou o Secretario de Cultura de Prudente e é um prazer recebê-los aqui e no que puder ajudar, pode me procurar.” Enquanto a Infallible Crew reforçada pelo iluminador Marcelo Mattos, vindo direto de Camboriú e Leonardo Ninello que estreava como técnico de guitarra, montavam a bateria e os amplificadores, a equipe do Angra chegou e começou o seu trabalho. Eram todos nossos conhecidos e o trabalho seguiu tranquilamente. A organização da VCP acabou antecipadamente nos colocando no melhor horário da noite, às 22hs30, com o auge de público, além de um camarim exclusivo, ao contrário das outras atrações que dividiam um camarim do outro lado da estrutura. Já na tarde, observava-se a movimentação no Parque do Povo, uma área verde enorme, praticamente o pulmão da cidade. Às 14hs, nos dirigimos para a passagem de som, que ocorreu tranquilamente e depois descemos para uma entrevista para a sucursal da Rede Globo na cidade, matéria que foi veículada no mesmo dia no jornal das 19 horas. Na tarde fomos recepcionados pelo nosso amigo Cezinha, que tem um programa de rádio na cidade e que promoveu nosso show no ano de 2009. Fomos até o shopping e almoçamos. A cidade parecia respirar música, muita gente de fora, Marilia, Paraguaçu Paulista, Mato Grosso e do norte do Paraná. Voltamos ao palco por volta das 21 horas para a preparação do show. Encontramos no backstage o grande baterista gaúcho Alexandre Fonseca que acompanhava a cantora Ana Canãs no evento. Levei-o até nosso camarim para encontrarmos com o Aquiles e ficamos trocando memórias sobre o tempo em que ele morava em Porto Alegre. A esta altura o backstage era uma tremenda confusão com entra e sai de pessoas da imprensa, produção e bandas. Nestes eventos sempre tento deixar a banda o mais a vontade possível e como não consigo ficar parado tento organizar tudo com a imprensa e convidados, filtrando os acessos para que tudo não vire uma grande desorganização. Como não temos um “manager”, acabo assumindo um pouco desta função. Assim, organizei a ordem para as entrevistas antes do show. Foram muitas mas bem legais, com muito bom humor envolvido. Faltando 30 minutos é hora de encerrar tudo e deixar todo mundo se aquecer e se concentrar no show. Com som e luz perfeitos e 17 mil pessoas na plateia não há como você não realizar um grande show. A energia do dia foi muito massa, todos na banda deram o máximo e eu via isso no sorriso de cada um enquanto a gente tocava. O Aquiles conseguiu estourar a pele da caixa, quebrar pedestal de prato, tocando com muita precisão e força e ao mesmo tempo com um grande sorriso. O Humberto, o Martinez e o Fábio mandaram ver com uma energia contagiante. O público respondia a cada música com uma força incrivel. Foi um grande momento para o Hangar. Nestas ocasiões, como bom nostálgico que sou, lembro-me do passado, do início em Porto Alegre, e ali estava a banda com 17 mil pessoas apoiando. A sensação de que não importava quem tocaria antes ou depois, nosso show seria o mesmo... No final tiramos uma foto para a posteridade e nos despedimos com os gritos de “Hangar” vindo do público entusiasmado. Dizer que foi sensacional é pouco. Descemos em direção ao camarim e ao backstage e nos recolhemos por alguns instantes para celebrar. Trocamos de roupa e saímos para atender a todos no backstage. A esta altura eu já estava falando com o pessoal da equipe para o desmonte do equipamento. Com uma área tão próxima, afinal era um festival, acabamos encontrando todas as bandas. Não foi diferente entre Hangar e Angra. O primeiro que encontrei foi o Rafael, nos cumprimentamos e desejei um ótimo show para ele. Depois, no meio da muvuca do backstage, encontrei o Felipe e o Edu Falaschi e os levei até nosso camarim para um breve olá. Nessa altura da carreira, mesmo com diferenças no passado, a maturidade de um reencontro, um cumprimento, uma palavra sobre qualquer assunto que seja são benvindos. Não há como deixar um passado para trás, ele faz parte do presente e sempre fará parte do futuro. E foi assim, com grandeza, que ficamos por alguns bons minutos conversando no camarim. Logo no início do show do Angra nos divertimos bastante com a busca ao celular do Aquiles perdido em algum lugar... Reviramos todo o camarim enquanto eu ligava e o mesmo tocava, mas não conseguíamos ouvi-lo. A solução foi procurar no palco e após uns 30 minutos o Aquiles encontrou o aparelho a cerca de 3 metros abaixo jogado na grama. Quando saimos do local em direção ao hotel, encontramos cerca de 200 pessoas em volta do Infallibus. O pessoal não conseguia colocar nosso equipamento no onibus e tivemos que chamar a galera para a parte da frente do Infallibus, enquanto as equipes de segurança da Virada faziam um corredor para que o equipo e o pessoal passassem e tivessem acesso ao bus. A festa continuou por um bom tempo madrugada a dentro. O hotel era bem próximo, mas consegui dormir cedo. No outro dia nos fomos para o teatro da cidade, onde fizemos um workshow completo, com apoio do nosso amigo Cezinha. Logo após o evento, seguimos de volta a São Paulo, de onde cada um partiu para as suas casas para um bom descanso.

Este foi o panorma dos meses de abril e maio, em breve estarei contando um pouco da aventura de junho em Panambi, Montenegro e Osório no Rio Grande do Sul, grandes surpresas e confusões como sempre..até breve.

Nando Mello

Revisão Fábio Laguna

*Foto ilustrativa, Hangar e Dream Theater em março de 2008.